sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Cachoeira da Pedra Furada - Mogi das Cruzes (SP) - Jan/2015

Acordei às 5h30 em um daqueles domingos nublados de Janeiro. A ideia era seguir logo pela manhã para Mogi das Cruzes, com destino à uma cacheira que eu já tinha ouvido falar bastante, mas que não conhecia ainda: a Cachoeira da Pedra Furada.

Peguei o bus perto de casa em direção ao Terminal barra Funda às 6h21, e às 6h43 já estava pegando a Linha Vermelha em direção à estação Brás. Ali encontraria o restante dos colegas que comporiam a trupe, e seguiríamos para a estação Guaianases (linha 11 Coral da CPTM). De lá, outro trem até a estação Estudantes, e finalmente um bus (E392 Manoel Ferreira).


Terminal de bus na estação Estudantes
Pegamos um trem exatamente às 8h, e às 9h10 desembarcamos na estação Estudantes. O ônibus Manoel Ferreira, que nos deixaria na balança do km 77, já na Rod. Mogi-Bertioga, saiu pontualmente às 9h40 (ver horários do ônibus aqui). O bus custa R$3, e demorou cerca de uma hora até a balança, onde saltamos, e o ônibus faz o retorno. 

Nos ajeitamos, alguns usaram banheiro, outros fizeram algumas fotos, e logos nos pusemos a andar pela rodovia. Estávamos no km 77 (balança) e iríamos até o km 80, a referência do inicio da trilha na mata mesmo. A dica aqui é contar três recuos para carros. Após o terceiro recuo começa a trilha.


Aqui descemos, na balança do km 77, na Rod. Mogi-Bertioga

O famoso km 77!

Parando para comprar lichia e tomate cereja

Seguindo pela rodovia (tome cuidado!), cruzamos com o limite dos municípios de Biritiba Mirim e Mogi
Passamos cerca de 200 metros da placa que marca o km 80, saímos à esquerda e já visualizamos a trilha. Ali fizemos uma pausa para descanso e esperamos os que estavam em um ritmo um pouco devagar. Cerca de 10 minutos depois, iniciamos a trilha.

A trilha começa em um trecho aberto, com bastante lama na época em que a fizemos (temporada de chuvas). A vereda vai seguindo bem batida, pequenas variações topográficas, realmente bem tranquila de fazer. Algumas bifurcações se apresentam, mas é só seguir a trilha mais batida (geralmente as da direita). Nesse ponto a trilha é feita em mata fechada. Cruzamos alguns riachos, bons pontos para coleta de água.


Entrando nos domínios do Parque Estadual da Serra do Mar

Mais uma placa. Vamos seguindo em frente...

Placa do km 80. Fique atento, do outro lado da rodovia, cerca de 200 metros à frente, fica a entrada da trilha

Neste recuo, à esquerda, começa a trilha para a cachoeira

Descansando um pouco, logo pegaremos a trilha
Chegamos em uma bifurcação à beira de um riacho. À direita, uma subida; à esquerda, o caminho cruza o rio e segue. Erroneamente, seguimos pela esquerda, mas percebemos que nos distanciamos um pouco do barulho da cachoeira, que a essa altura já podíamos ouvir. Resolvemos pegar um trilha lateral e descer até o rio, e constatamos realmente que havíamos passado um pouco do ponto da cachu: podíamos vê-la, mas de onde estávamos não tínhamos acesso até ela.


Nesta bifurcação, NÂO pegue à esquerda: para a cachoeira, pegue a subidinha, à direita. Seguindo pela esquerda, você sairá numa parte mais alta do rio, sem acesso à cachu!
Subimos o caminho de volta e retornamos àquela bifurcação onde à direita subia. Sim, era por ali. Subimos e rapidamente avistamos a Cachoeira da Pedra Furada, na parte de cima, ou seja, onde está o sumidouro. Uma parte do grupo já se jogou na água ali mesmo (eu inclusive), outra parte desceu até o poço, por uma trilha lateral.

A cachoeira é especialmente bonita: a água entra pelo sumidouro, e reaparece em forma de um jato longitudinal, forte e gostoso, formando um poço bem legal para banho. Bem rente a esse jato se forma uma espécie de "jacuzzi", refrescante e relaxante.


Trecho da trilha: bem batida, tranquila

Cruzando um riacho. Esse riacho fica APÓS a bifurcação correta para a cachu, ou seja, se você o vir, é sinal de que errou o caminho...kkkkk

Riacho mais forte que cai direto no rio que forma a cachu da Pedra Furada

Estamos chegando

Chegamos!! O poço anterior ao sumidouro, onde a gente se jogou com vontade!

Atrás, o sumidouro
Olha aí, o sumidouro de novo! A água entra aí, e aparece lá embaixo

O resultado é esse: um jato longitudinal, forte, belíssimo

Bem legal!!

Aqui, estou em casa!

Eu, Ana e Rafael

Descansando, depois de um tchibum merecido!
Ficamos por ali um tempo, o sol foi embora e baixou um nevoeiro. Terminamos nosso lanche, um ultimo mergulho, e logo nos ajeitamos. Eram por volta das 16h quando começamos a caminhada de volta. Chegamos ao km 77 por volta das 18h, onde acabamos perdendo um bus para voltar. Demos um tempo por ali mesmo, tomando algumas brejas e comendo esfiha e uma coxinha espetacular que um boteco simplão vende ali. Quando o bus chegou, por volta das 19h30, pegamos e voltamos para a estação Estudantes, fazendo o caminho de volta.



Dicas:

1. Comece a trilha cedo. A trilha não é dificil, mas demanda uma logística meio chatinha para chegar até lá;

2, Cuidado ao caminhar pela Rod. Mogi-Bertioga. Os acostamentos são bem estreitos, e os motoristas andam rápido por ali. Atenção redobrada!;

3. Nas bifurcações que aparecerem, preste atenção à que estiver mais batida. E não erre na bifurcação que leva à cachoeira: ela é uma subida, à direita;

4. O acesso à essa cachoeira é bem conhecida. Sempre haverá gente na trilha;

5. Por favor, traga todo o seu lixo de volta!!;

6. O boteco simplão, que fica no km 77, não tem sinal de celular, nem maquininha de cartão. Leve dinheiro, ok?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Trilha do Rio Branquinho - Mai/2011

Nota sobre este relato:

Fiz essa trilha em companhia do Rafael, Sandro, Paulo Piacitelli e do Augusto. 

Na época não fiz o relato, por isso me utilizo aqui do texto escrito pelo Rafael em seu blog (Raffa no Caminho), e com as fotos que fiz na trip, para dividir com vocês mais um momento importante na minha vida como montanhista. Valeu, Raffa, pela cessão do texto! Vamos ao relato:

Trilha Proibida - São Paulo à Itanhaém

Segunda tentativa de concluir a trilha Sampa x Itanhaém, através da Barragem, Zona Sul de Sampa até o litoral, via trilha do trem, Serra do Mar e finalizando na aldeia Indígena em Itanhaém.

Recentemente, fomos até o Rio Branco da Conceição, logo após o túnel 24 da linha férrea que passa pelo bairro da Barragem, zona sul de Sampa. Ali, tínhamos pouco tempo e não conseguimos encontrar o começo da picada que leva até o rio Branquinho no vale. Valeu a pena de qualquer forma. Deu para se refrescar nas cachoeiras.


A trupe: Paulo Piacitelli, Augusto, Sandro e Rafael. Eu fazendo a foto, claro!
Após uma discussão por e-mail, combinamos de descer a serra. Augusto, Gibson, Piacitelli, Sandro e eu.

Ponto de encontro: Metrô Vila Mariana. 20h. Após umas cervejinhas e lanches, pegamos o ônibus até Parelheiros. (20:30).

Encontramos com o Sandro no terminal Parelheiros, aonde pegamos outro ônibus, sentido Barragem, ponto final. Chegamos por volta da meia noite.

Caía uma chuva fraca. Colocamos nossas capas. Acomodamos as mochilas e seguimos a estradinha de terra sentido à linha férrea. No caminho paramos num buteco à esquerda para comprar água. 5 minutos depois já estávamos na estrada de terra, escuridão total, nenhum movimento. Só nós e a chuva fraca que não parava.

Depois de 1h30 caminhando, chegamos na linha do trem, pegamos o lado esquerdo. E nada da chuvinha dar uma trégua. Andamos paralelos à linha do trem até a estação Evangelista de Souza. Ali fizemos uma pequena pausa.

20 minutos depois continuamos pela linha do trem até o túnel 24, aonde seria nosso acampamento. Não andamos muito rápido porque estava bem liso.

Caminhando pela linha do trem, já no outro dia, pela manhã

Túnel 24: após este túnel, fica o pontilhão. Seguimos e ao fim deste, encontramos o início da trilha.

Placa da Funai, que indica exatamente aonde deve entrar no mato: início da trilha!

João, o índio guarani que mora no início da trilha. Gente fina!

Após o túnel 24, a direita, tem uma canaleta e dali desce uma trilha, só seguir ela até um pequeno descampado, aonde alguns anos atrás existia uma cabana (o índio João disse que o falecido tio dele morava ali). Cuidado na trilha a esquerda que existem alguns buracos gigantes!

Montamos a barraca na chuva. Ô delícia. rs

Dormimos por volta das 4:20 da madrugada. Ainda chovia e dentro da barraca bastante umidade por causa das capas, botas, mochilas molhadas e a chuva que caiu durante a montagem.

Uma das inúmeras quedas ao longo da trilha. A chuva alimentava o volume das águas, foi um desafio a mais!
Sábado, tempo nublado, garoa fraca, acordamos as 11h da manhã. Mas o esforço valeu a pena, pois ali na altura da cachoeira do Jamil (após a evangelista de souza), tem o comando da policia que não deixa ninguém passar trilha do trem abaixo.

Tomamos café, desmontamos nossas barracas molhadas, e subimos pela pequena trilha até a linha do trem novamente. Continuamos descendo pelos trilhos, passamos o túnel 24, andamos mais uns 100/200m e do pé de uma bananeira, avistamos uma placa TERRA PROTEGIDA, área indígena. Ai sim, começava nossa trilha que dá ultima vez falhamos.

A trilha que desce é bem demarcada. É só seguir ela até uma arvore bem grande, a direita segue para a cabana do índio João e a esquerda leva até o rio. Descemos primeiro pela direita. Chegamos na cabana do João, índio bem simpático, nos deu dicas para seguir o caminho, só não foi junto porque a mulher dele estava fazendo a comida. Tambem deixamos alguns alimentos que estávamos levando (Cada um levava 2kg de comida não perecível para doação). Voltamos para a trilha, viramos agora a direita na grande arvore e agora a trilha seguia para baixo. Bastante lama, cada hora um revezava no tombo.

A trilha é bem demarcada. uma hora ou outra tem alguma bifurcação, mas sempre continue na maior e mais batida. Assim que termina a trilha você chega no Rio. Antes, passamos por um ponto de camping e na sequencia um poço. Ali no remanso do poço, você tem que atravessar e seguir pela trilha, acompanhando o rio.

Uma parada para o Augusto reler alguns relatos e confirmar o caminho. Estávamos indo bem.

Corredeira forte do Rio Branquinho.

Confluência dos rios Capivari e Branquinho. Á frente, ele se torna o Rio Branco, já na planície de Itanhaém

Corredeira logo à frente. Parramos por aqui, seguiríamos adiante no dia seguinte

Acampamento na manhã seguinte, às margens da confluência dos rios Branquinho e Capivari. Aquele desjejum antes de seguir em frente!

Chegamos na confluência dos rios Branquinho e Capivari às 17:40h. Agora era hora de procurar uma área para o acampamento. Mais para frente da confluência havia um antigo acampamento. Não tivemos dúvidas e acampamos por ali, ao lado do rio (que estava forte devido as chuvas).

Cada um fez seu jantar, Augusto mandou miojão, Piacitelli uma massa, Gibson foi na sopa e depois uma lasanha, eu e o Sandro dividimos o clássico, arroz, feijão preto, farofa e linguicinha acebolada. 19:30 estavam todos capotados, úmidos e dormindo ao som do rio. Obs.: Nenhum dos acampamentos, comportavam mais que 6/7 barracas.

Piacitelli, acho que sofreu um pouco mais, pois entrou muita água em sua barraca e molhou todo saco de dormir. A madruga foi tranquila, eu só ouvia o rio.

Domingão chegou e com ele o sol, pena que ali na mata fechada, dificilmente secaria todas as nossas coisas. Acordei por volta das 9h. fizemos o desjejum, desmontamos o acampamento. O dia estava lindo.

Por volta das 10:40 já estávamos prontos para seguir a trilha. Agora procurando a trilha, já que ali no acampamento terminava o caminho. Com certeza a trilha estava do outro lado do rio, que ali passava um pouco forte. Na altura da cintura. Fizemos algumas incursões na mata e nada na trilha. Certeza. a trilha estava do outro lado do rio. E lá fomos nós. O rio estava um pouco forte, resolvemos usar a corda por precaução pois um dos nossos amigos não sabia nadar. Todos do outro lado e lá estava a trilha. Bem demarcada também.

Cruzando a corredeira, para a margem direita do rio

Paulo Piacitelli e Augusto, logo após a travessia da corredeira

Casa de pau-a-pique, a primeira construção pertencente à aldeia guarani que teríamos que passar, logo adiante

Cruzando o Rio Branco, manso e um tanto largo

Eu, o Rio Branco e a galera atravessando

Era meio dia e seguimos a trilha, que boa parte do tempo era paralela ao rio e depois foi se afastando. Era bem demarcada. depois foi voltando em direção ao rio e prontos. 13:30 chegamos em uma parte da aldeia indígena. Ali fizemos o primeiro contato com o índio Henrique.

Henrique também foi bem simpático. Deixamos mais alguns alimentos (fica a dica, entregue mais para a frente). Perguntamos sobre a possibilidade de conseguir uma carona ou pagar por ela. Ele disse que havia um carro na parte principal da aldeia, para corrermos e falar com o índio Miguel.

Pegamos o caminho, atravessamos o rio novamente (bem tranquilo naquela parte) na altura dos joelhos.

Rio Branco, visto de dentro

Sede da comunidade: chegamos e fomos recebidos com certa desconfiança, o que eu considero até normal

A aldeia conta com escola, sede administrativa, telefone...estão relativamente bem de infra estrutura
 Chegamos na área central da aldeia, todos estavam em uma reunião. Esperamos um pouco, observamos a aldeia, bastante construções de alvenaria, postes de luz e também algumas cabanas bem simples. Também conhecemos o cacique Arlindo, índio novo, aparentando ter menos de 35 anos, de poucas palavras.

Entregamos o restante dos alimentos e conversamos com o dono do caminhão que estava ali de visita para retirar alguns bambus e cipós para trazer para SP.

Foi nossa sorte. Economizamos uma pernada de 21 km até a rodovia. Passamos pelo bar do Zé Pretinho, aonde passa o ônibus circular que leva ate Itanhaém 2 vezes por dia. Não conseguimos a informação de horários.

Chegamos no posto ao lado da Breda, aonde as 14:40h o Sandro já conseguiu passagem para Osasco, às 15h o Piacitelli para SP e como não tinha mais passagem, eu, Augusto e Gibson, embarcamos no das 16h. Deu tempo até para a cervejinha.

18h todos estavam em SP !

Fim de semana com direito a trekking noturno, chuva, lama, atravessamos vários riachos, 2 rios e uma trilha que ninguém conhecia, só seguimos relatos (Beck e Jorge) e mapas.

Descolando carona até a rodovia, em Itanhaém. se não tivesse rolado essa carona, seriam 21 km até a rodovia

Esperando partir. Um tanto cansados...

Dá vontade de mandar este relato para o repórter que a classificou como "proibida", e para quem bota a culpa no GPS quando falta bom senso e responsabilidade em levar várias pessoas, sendo que em nenhum momento o meu GPS e o do Piacitelli perderam o sinal. Agora temos o tracklog. De "proibida", é só para pessoas sem noção e despreparadas.

...mas valeu cada metro percorrido nesta trilha! Valeu galera, que venham outras!
Equipos que levei:

Mochila Alpina 43l trilhas e rumos
Saco de dormir Micron Lite (passei um pouco de frio)
Segunda pele quechua
Botas titã Nômade
Banqueta guepardo
Parka trilhas e rumos
Head lamp guepardo
Fogareiro nomad da Nautika
Barraca Falcon 2
Isolante inflável Therm a Rest
Facão 18 polegadas (só foi preciso da trilha do acampamento pós túnel 25)
Bastão ultralight Quechua
Calça climatic trilhas e rumos
3 pares de meia
3 camisetas
2 bermudas térmicas
Conjunto panelas backpacker
Câmera canon sx 120 (fotos borradas porcausa do vapor dentro da parka)
GPS hcx Etrex
2kg feijão/fubá para entregar aos índios
+ou- 3kg de mantimentos

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Parque Estadual da Serra do Mar - Caminhos do Mar - Jan/2014

No dia 26/1 havia combinado com uma turma do CEU (Clube Excursionista Universitário) de fazer um programa que há muito tempo eu já ouvira, mas que não havia ainda tido a oportunidade de me organizar para fazê-lo. Como boa parte das coisas boas que acontecem na minha vida, essa veio meio inesperadamente, através de um convite por uma rede social. Resolvi aceitar, e lá fui eu.

Vista de Cubatão a partir da Estrada Velha de Santos

Na portaria de entrada, uma placa explica do que se trata o núcleo Caminhos do Mar
Saí de casa às 6h20 da manhã, com destino à São Bernardo do Campo, local de encontro com a galera e também nosso ponto de partida. Foi uma viagem rápida, domingo sem transito, e um dia que nascia livre de nuvens. Depois de pegar a rodovia Anchieta e a Estrada Velha do Mar, cheguei a portaria do núcleo por volta das 8h00. Fiquei ali até o pessoal começar a chegar.

Apresentações e identificações feitas, entramos finalmente no núcleo por volta das 9h30. Depois de estacionar os carros e de uma breve explanação da guia do parque, seguimos a pé em direção à parte da Estrada Velha que começa a efetivamente descer a serra em direção a Cubatão. No trajeto existem diversos monumentos e locais de visitação, e a primeira delas ocorre  no que é hoje o Centro de Visitantes, onde dá pra usar o banheiro e ver uma exposição permanente sobre a construção e manutenção da usina Henry Border, que se localiza no meio do caminho que passaríamos.


Totem na entrada do núcleo

Centro de Visitantes: no estilo indiano, a casa serviu de base para os ingleses que construíram a usina hidreletrica 


O primeiro desses monumentos é uma casa construída em 1922, em homenagem aos 100 da Proclamação da Independência. Chamada de Pouso de Paranapiacaba, a casa está impecável e foi restaurada recentemente. A vista da janela alcança toda a Baixada de Cubatão, além de uma cachoeira em frente. Realmente, um lugar muito bonito.

Seguindo em frente, passamos pelos enormes tubos que descem a serra abaixo, levando a água que gera energia nas turbinas da usina, logo acima. Um pouco mais abaixo, e temos contato com o primeiro fragmento da histórica trilha chamada Calçada do Lorena, primeiro caminho pavimentado construído na época do Primeiro Reinado, em 1790. Considerado na época um dos caminhos mais modernos da colônia.

Pouso de Paranapiacaba: construção espetacular em homenagem ao centenário da independência do Brasil

Eu e a turma do CEU caminhando









Cachoeira em frente, nessa época bastante seca
Pouso de Paranapiacaba: construção histórica

Mapa rodoviário, montado em azulejo, do ano de 1923: incrível!


Montado em 1923

São 9,2 km de estrada abaixo

Vista do caminho do Mar
Bela vista de uma das curvas do Caminho do Mar
Tubos da usina Henry Border, que conduzem a água que gera energia no prédio acima. 

Simone Gambali caminhando por um trecho da Calçada do Lorena

Calçada do Lorena, e a galera descendo até o próximo monumento

Acabei pegando a Calçada do Lorena e descendo por ela, o que corta um bom caminho e poupa a energia para a subida de volta. Chegamos até ao monumento em homenagem ao então Governador de Província que mandou executar a construção da estrada, Bernardo José Maria de Lorena. A partir dali há duas opções: ou você segue caminho abaixo até a portaria de Cubatão (SP), completando os 9,2 km do caminho, ou retorna subindo o caminho que foi feito até agora. Escolhi a segunda opção, até porque o meu carro estava estacionado na entrada de São Bernardo do Campo.

Monumento em homenagem a Bernardo José Maria de Lorena, o construtor e então Governador da Provincia de São Paulo em 1790

Monumento na Estrada Velha de Santos, muito bonito
Eu, contemplando a imensa Mata Atlântica que cerca o Caminho do Mar 


Casa da Maioridade, mais um dos monumentos vistos no Caminho do Mar

Eu, e a Casa da Maioridade ao fundo
Belíssima construção 
Detalhe da parede da Casa da Maioridade 

Da sacada da Casa da Maioridade: Cubatão industrial


Dicas:

1. Leve boné, repelente e use um calçado bem confortável. A descida é constante e exige bastante do condicionamento físico. Vá preparado;

2. Importante fazer o agendamento antes, é uma exigência do parque. O contato é seguinte: 

Ecoturismo Caminhos do Mar

Rodovia SP-148, estrada Caminho do Mar, km 42 ao km 51
Funcionamento do roteiro: terça a domingo, das 9h às 16h; para visitas, é necessário agendamento pelo telefone (13) 3372 3307

www.energiaesaneamento.org.br


3. Caso você opte por sair pela portaria de Cubatão, saiba que terá que pegar um ônibus até Santos (SP), e depois mais um para subir de volta à São Paulo.